Hoje as correntes se acalmaram um pouco e os pescadores vieram nos buscar logo cedo para sairmos em busca das tartarugas laaaaá fora da enseada. Chegando no ponto escolhido, um cabeço com uns 15m de profundidade, logo vimos uma tartaruguinha passeando pelo fundo. Mas é claro que ela quis se esconder lá em baixo... continuamos nossa busca.
Lá fora é muito louco sentir as correntes. Tá tudo calmo, temperatura boa, visibilidade razoável. De repente surge uma corrente muuuuito fria, que gela até a alma da gente, começa a te puxar e turva a água. Tu bate, bate, bate as pernas e não sai do lugar! Sinistro!! Às vezes essas correntes ocorrem no fundo, e aí vemos os peixes sendo chacolejados, ou nadando sem se mover. Dá uma canseira na gente (hidroginástica!). Vimos outra tartaruga, que também desapareceu, desta vez nas profundezas do azul. O que vimos em quantidade, foram uns gelatinosos bem legais!
Estávamos um tanto frustada (na verdade Maíra estava beeeem frustrada) rumando para um outro pico que os pecadores haviam avistado tartarugas mais cedo, e eis que cruzamos com um bando de golfinhos!!! É claro que nos equipamos em segundos, enquanto o bote deu uma arrancada, atraindo muitos deles ao redor. Caimos na água mega rápido, e lá no azul, nos deliciamos entre o bando, que nadava de maneira graciosa e ágil, fazendo aquele barulhinho peculiar, que se parece com um assobio. Tão tão tão lindo, tão mágico, tão único. Acho que Douglas Addams estava certo. Como se a emoção do momento não fosse sufiente, avistamos logo abaixo da gente, um cardume enorme de atum! Acho que era atrás deles que os golfinhos estavam... rs.
Uma das teorias que explicam o comportamento dos golfinhos acompanharem o barco, afirma que são os machos mais velhos que sobem a superfície, para distrair o que quer que seja que esteja passando, enquanto as fêmeas e os filhotes permanecem no fundo e seguem outra direção.
Apesar de termos acordamos as 5 manhã, os atobás solteiros já tinham saído pra pescar, e o censo não rolou. Então, deixamos pra tarde o censo dos atobás e das viuvinhas, contar seus ovos e seus filhotes. Apesar das botas e dos rodinhos, um atobá malvado me perseguiu e me bicou a perna quando eu estava checando o ninho de uma viuvinha. Que mala! Mas tudo bem, a gente supera... o visual lá de cima, com a maré cheiona compensou!

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