domingo, 10 de abril de 2011

ASPSP - A ida

Depois de 86 horas de viagem, da sensação de que nunca chegaríamos e de um quase desespero, eis que o itnerário chega ao fim. Ufa! Finalmente chegamos ao arquipélago. Os atobás logo vieram dar boas vindas, pousando por todo o barco. Linnnndos! Eles são lindos!



A viagem em si foi tranquila, o mar estava calmo, a tripulação é sensacional, mas de qualquer forma, essa viagem judia da gente. O Transmar III, nossa embarcação, é literalmente um barco de pesca (que fica pescando nas mediações durante nossa estadia aqui) e não oferece nenhum conforto aos seus passageiros. Considerando suas partes habitáveis, ele se divide basicamente em: cabine, onde fica o comandante e os 3 quartos (que totalizam 12 camas), e a popa do barco, que se resume em um espaço todo adaptado para arte da pesca, cujas caixas e afins usávamos de banco para sentar (quando não estava chovendo!). Era ali que a gente comia, batia papo e ficávamos vendo o tempo passar, vendo a água lavar o convés. Apesar dos adventos da medicina (vulgo Meclin 50, medicamento anti enjôos do mar e meu melhor amigo nesta viagem), que me permitiram fazer todas essas coisas, o tédio batia de quando em quando, e aí a gente ia da cama para a popa, da popa para a cama. Nunca dormi tanto em minha vida! Rs... E olha que as camas do barco tem 60 cm de largura x 60 cm de altura e 180 cm de comprimento, ou seja, são pequenas até pra mim! Entretanto, todo esse desconforto é compensado pela recepção dos pescadores, com suas histórias de pesca e de vida. Histórias dessa rotina pesada, que para mim se resume em uma aventura de férias. Admiro esses homens do mar, tão sofridos, tão alegres e tão dispostos a ajudar. O cheiro da maresia, o vento úmido no rosto, o Atol das Rocas no horizonte... Mar, mar e mais mar... Tudo isso faz a viagem valer cada um de seus segundos.

Na chegada ao rochedo, o caos reina. O pessoal da marinha está aqui fazendo a manutenção da estação científica, e tudo está meio bagunçado. Ganhamos uma geladeira nova!!

Para oficializarmos a chegada, um mergulhinho básico na enseada com direito a: tartarugas verdes, moréias pintadas, anjos e borboletas. E hoje foi só o primeiro dia... fotos sub em breve!

Considerações:
1. Eu ainda vou para o Atol das Rocas.
2. Ensopado de barracuda com coentro é tudo de bom.
3. Ficar em pé por mais de 5 minutos mareia. Ficar perto da cozinha, ou da casa de máquinas, também.
4. Os pescadores falam algum dialeto da língua portuguesa (Rsrsrs).

Maíra e eu em nossos aposentos
Hora do almoço! 
Seu Antônio e Júnior. Dois dos oito pescadores.

3 comentários:

  1. Mulheres do maaar!
    Que trampo esse viagem, hein?
    Fico feliz por estarem em pedra, enfim!
    Bom trabalho e até o próximo post. Beijocas

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  2. Ah! Quando for pra Atol vou com você!

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