quarta-feira, 20 de abril de 2011

19 de abril - Peculiaridades da casa

Êba! Agora que a internet foi estabelecida o post de ontem pode ser publicado!!! 

Hoje nada de tartarugas novas, nem um outro ser marinho emocionante. Apenas os mesmos de sempre... então vou aproveitar para postar algumas peculiaridades da estação científica, que é ao mesmo tempo, nossa casa nestes 15 dias de expedição.

Energia - Aqui no arquipélago existem 60 placas solares no telhado, que captam energia do sol e a armazena em baterias.  Para otimização desse sistema foram consideradas a orientação e a inclinação do telhado da casa. Existe ainda um gerador a diesel, mas que é usado apenas em caráter emergencial, haja vista que polui e faz muito barulho (que incomoda a nós e às aves). Com o intuito de economizar o máximo possível de energia, aqui na estação existe apenas os eletro eletrônicos essenciais, como: 1 geladeira, 2 freezers (um pra casa um pro laboratório), 1 notebook, 1 liquidificador, sistemas de radios UHF e VHF, internet e telefone, e as bombas de água. Tem ainda os nossos notebooks e câmeras, mas o sistema aguenta bem com tudo isso. Chuveiro elétrico nem pensar! Hehehehe. A primeira atividade do dia (~6h) é lavar as benditas placas para que elas operem 100%, pois os atobás que ficam pousados nela não se intimidam de utilizá-las como banheiro.




Construção - Para suportar eventuais abalos sísmicos, a casa é constituída por painéis de madeira, traspassados por barras de aço rosqueadas nas extremidades. Pisos, paredes e coberturas são constituídos  por tal sistema, e sua inter associação configura um sistema monobloco. A casa é elevada do chão aproximadamente 2m, para permitir a passagem da água nas marés cheias, e é ainda sustentada por suspensões de caminhão, para permitir plasticidade em caso de terremotos. Essas colunas ainda tem um dispositivo anti caranguejo (que eu já expliquei), impedindo que eles entrem na casa. Como vocês podem ver, cada coisinha aqui é cheia de detalhes, e tem um porque de existir.




Os plugs são mega vedados, para retardar a ação da maresia e umidade.



As tomadas possuem capa protetora, para que fiquem fechadas, e protegidas da maresia e umidade quando não estão em uso.



E vocês acham que aqui tem muita maresia? Este é o puxador da janela do banheiro, e o que vocês veem é sal incrustrado nele.



 Todos os armário são de treliça, para permitir a circulação do ar e minimizar efeitos da umidade.


E algumas janelas possuem placas de acrílico na parte de fora, porque ondas ou seu spray alcançam a casa de vez em quando. E acaba funcionando contra cacas de atobás rs.


Também existe um sisteminha de fio de nylon para impedir que as aves sentem no corrimão da varanda da casa, porque eles acabam fazendo caquinha dentro dos quartos. Mas esse sistema não é muito eficiente, porque as aves acabam dando um jeito de pousar ali, seja por cima, seja por baixo do fio.


É, este post ficou meio técnico, mas faz parte, né? Pra compensar aí vai uma imagem dos últimos momentos de sol aqui no arquipélago, o que ocorre por volta das 17:30.





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